quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Confissões de uma madrugada

Ah amor, a quantos me obrigas? Uma lembrança, uma melodia, um sorriso, que por ironia se transforma em suspiro, como uma última gota que sobra nas folhagens verdes, caindo, solitária sobre o solo... Solidão.. Estranha circunstância para se suspirar.. Amar, sentir, fluir.. E novamente amar, como se nada mais existisse ou importasse, sendo apenas somente. Inexplicavelmente completo, o amor.. Infantil, enfadonho, necessário e imensurável.. Sentimento tão importante e desprezado, tratado como aquela folha de papel arrancada ruidosamente do caderno, sem importância... É isto o que se faz com o coração nesses dias. Rasga-se, sangra-se, machuca-se sem escrúpulos, vergonha... Triste, sim. Porém necessário, para aqueles que ainda têm a quem amar, aqueles que o percebem, possam sempre se espelhar, e ver um reflexo retorcido, assim como nos espelhos de parque: nos fazem rir da própria ridicularidade e rir, desejando nunca igualar-se à figura refletida.
Agradeço à Lua, às estrelas, e à escuridão da noite, que por vezes foram testemunhas de suspiros solitários, consolando corações de papel manchados de sangue apenas com sua distância e majestade.

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