Sentimento de não caber em si mesma
De se refugiar em duas margens avessas de um só rio
De querer tanto, que se confundir
Mágoa, felicidade, agonia e alívio, juntos
Nem mergulhando na própria existência se explica
A saudade que fica
E o vento que vai
Vai entender...
Escrevo o que dá na telha. Posso acordar no meio da noite e escrever. Todos somos um bando de sopros que podem virar vento.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Concepções
Aprendi a deixar a porta aberta
Pra brisa entrar e abraçar
Sem crença, sem cor nem raça
Aprendi a amar como se fosse criança
Sendo verdadeira acima de qualquer coisa
Aprendi que a verdade dói de qualquer forma
Aprendi que depois de passos podem vir joelhos
E que as cicatrizes tendem a enrijecer
Aprendi que o de dentro é mais que o de fora
Que o agora, que o aflora
Aprendi que o sim é tão menos que o não
Seja com ou sem razão
O sino toca sem que a arma dispare
Antes que tudo pare
Se é que um dia.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Saída
Socorro afogo-me em saudade
Suspiro Respiro
Vela assopro escuridão vazia
Pena peso pesos lado a lado
Confundo
Confio
Fecho olhos
Preencho o que por dentro
Esvazio o que transborda inútil
Leve.
Me leve daqui.
Suspiro Respiro
Vela assopro escuridão vazia
Pena peso pesos lado a lado
Confundo
Confio
Fecho olhos
Preencho o que por dentro
Esvazio o que transborda inútil
Leve.
Me leve daqui.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Pressentimento.
"Queria só mais um pouco", pediu e coração.
"Não há meio!", disse a mente.
"Não aguento!", gritaram os olhos que, vagarosa e solenemente, derramaram as lágrimas.
O olhar confiante perdeu-se, os joelhos cederam.
"Paz, afinal.", disse o suspiro, brotando do peito e pairando, leve, ao horizonte tão desconhecido.
"Não há meio!", disse a mente.
"Não aguento!", gritaram os olhos que, vagarosa e solenemente, derramaram as lágrimas.
O olhar confiante perdeu-se, os joelhos cederam.
"Paz, afinal.", disse o suspiro, brotando do peito e pairando, leve, ao horizonte tão desconhecido.
Poema de amar
Não sei o que é
Só sei que vem do peito e rasga
Queima e consome
Sobe pra mente e martela
Suspira e transborda a água salgada
E sorri como se amar não fosse uma dor
Dor doida doída
Nem deixando no papel, cessa
Como é bom.
Só isso sei.
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