quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Outro Desabafo

Sentimento de não caber em si mesma
De se refugiar em duas margens avessas de um só rio
De querer tanto, que se confundir
Mágoa, felicidade, agonia e alívio, juntos
Nem mergulhando na própria existência se explica
A saudade que fica
E o vento que vai

Vai entender...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Concepções

Aprendi a deixar a porta aberta
Pra brisa entrar e abraçar

Sem crença, sem cor nem raça

Aprendi a amar como se fosse criança 
Sendo verdadeira acima de qualquer coisa
Aprendi que a verdade dói de qualquer forma

Aprendi que depois de passos podem vir joelhos
E que as cicatrizes tendem a enrijecer

Aprendi que o de dentro é mais que o de fora
Que o agora, que o aflora

Aprendi que o sim é tão menos que o não 
Seja com ou sem razão

O sino toca sem que a arma dispare

Antes que tudo pare

Se é que um dia.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Saída

Socorro afogo-me em saudade
Suspiro Respiro
Vela assopro escuridão vazia
Pena peso pesos lado a lado
Confundo
Confio
Fecho olhos
Preencho o que por dentro

Esvazio o que transborda inútil
Leve.
Me leve daqui.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Pressentimento.

"Queria só mais um pouco", pediu e coração.
"Não há meio!", disse a mente.
"Não aguento!", gritaram os olhos que, vagarosa e solenemente, derramaram as lágrimas.
O olhar confiante perdeu-se, os joelhos cederam.
"Paz, afinal.", disse o suspiro, brotando do peito e pairando, leve, ao horizonte tão desconhecido.

Poema de amar


Não sei o que é
Só sei que vem do peito e rasga
Queima e consome
Sobe pra mente e martela
Suspira e transborda a água salgada
E sorri como se amar não fosse uma dor
Dor doida doída
Nem deixando no papel, cessa
Como é bom.
Só isso sei.